Segundo Palácios e Armendariz as medidas de prevenção dos problemas de sais podem dividir-se em dois grupos:
– Medidas de prevenção a nível de grandes áreas, podendo incluir todo perímetro de irrigação;
– Medidas de manejo de solo e água, a nível de parcela.
Na prevenção dos problemas de sais, tanto a nível de distrito como a nível de parcela, podem ser distinguidas as seguintes etapas:
a. determinação ou diagnóstico do problema;
b. Análise das causas e hierarquização das mesmas, por ordem de importância;
c. Aplicação de medidas corretivas segundo a ordem estabelecida.
Para evitar o aparecimento do problema, a gerência ou a administração do perímetro irrigado deve concentrar sua ação no conhecimento detalhado das duas fontes potenciais do problema, que são o solo e a água de irrigação.
Se os solos são livres de sal e a água de irrigação é de boa qualidade, a atuação neste caso deve se concentrar em:
– Obter que o sistema de distribuição funcione com o mínimo de perdas por infiltração.
– Sendo necessário, deve-se impermeabilizar toda a rede, até o ponto de entrega da água aos cultivos, melhorando a irrigação, fator muito importante na prevenção da salinidade;
– Dispor de um sistema de drenagem superficial e subterrâneo com capacidade para retirar em pouco tempo o total de água em excesso que estará integrada pelas perdas no sistema de distribuição, escoamento superficial e alimentação de áreas adjacentes mais altas;
– Manter um sistema regular de medidas de água em distintos pontos do sistema de
distribuição e no sistema de drenagem. A análise anual destes dados permite conhecer o
balanço de água e sua possível acumulação no perfil do solo.
– Manter uma rede de poços de observação do nível freático com medições regulares de sua profundidade, para indicar a situação real;
– Se existem problemas de solos, como infiltração muito baixa, deve-se tratar de usar práticas de manejo capazes de amenizar o problema;
– Se existe problema com a qualidade da água de irrigação, as soluções compreendem os
seguintes pontos:
a. Dispor de um sistema de drenagem interno eficiente;
b. Usar de cada irrigação um volume de água adicional para lavar os sais concentrados em torno do sistema radicular das plantas em irrigações anteriores e se existem ambos problemas deve-se adotar medidas combinadas de manejo capazes de reduzir seus efeitos.
Adaptado de:
CORDEIRO, G. G. Salinidade em áreas irrigadas. Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2003. 32 p